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Lacrimaniacos Fã Clube.
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10 de março de 2025 às 16:44 #3013
Lacrimaniacos Fã Clube
Mestre03.03.2025 Powermetal.de Editora: Swen Reuter Fotos: David Hadarik Tradução: Karina Pinotti
O novo trabalho de Lacrimosa é algo realmente especial. Musicalmente, tornou-se bastante diversificado e parece muito esperançoso. Em uma entrevista, Tilo Wolff nos conta por que e como essas excursões musicais surgiram.
S.R: Olá, Tilo! Gostaria de falar hoje sobre o novo álbum “Lament” e espero que você possa nos contar algumas coisas sobre as músicas.
Tilo: Sim, eu também estou feliz!
S.R: O título do álbum, ou melhor, a palavra “Lament”, tem muitos significados. Qual é o significado para o Lacrimosa?
Tilo: A maneira como uso o termo “Lamento” me remete a uma tradição de canto expressivo de povos antigos, que tem suas origens na Antiguidade e no teatro da época. O lamento de gerações inteiras, até a beleza trágica na representação das emoções mais profundas.
S.R: Muitas músicas me parecem mais conciliadoras e esperançosas. Isso se deve ao fim da trilogia?
Tilo: Claro! Um processo de sofrimento, como o que começou com o primeiro álbum e a despedida, deve ser fortalecedor e curativo. Eu sinto isso dentro de mim, e isso também deve ser sentido na música.
S.R: O que esse álbum representa para você pessoalmente? Ou, em outras palavras, como você descreveria isso em uma frase?
Tilo: Há um lema no álbum que é cantado diversas vezes: “Como o sol em seu coração, a luz brilha em sua alma. Por favor, eclipse essa escuridão.” Este é o álbum!
S.R: Será que a mistura entre fragilidade e sons ásperos nas músicas está mais pronunciada desta vez do que o normal? Pelo menos tenho a impressão de que o espectro musical de algumas peças se tornou mais amplo e diversificado.
Tilo: Sim, isso se deve em grande parte ao meu desenvolvimento pessoal, provavelmente tem a ver com a sabedoria que vem com a idade, que permite que você veja e nomeie as coisas com mais clareza, e também com meu desenvolvimento musical. Com cada produção, você aprende algo novo e consegue se expressar melhor. A música é uma linguagem que se aprende ao longo da vida.
S.R: Musicalmente falando, as primeiras músicas do álbum são um pouco mais atípicas do que o normal. Há mais composições com as quais você não está familiarizado. Sou só eu?
Tilo: Nos 35 anos de Lacrimosa, escrevi mais de cem músicas. Embora cada compositor tenha seu próprio estilo, não quero me repetir e adoro tentar coisas novas. Além disso, a música também é um reflexo da personalidade de cada um e, como pessoa, ela está em constante desenvolvimento.
S.R: A faixa-título “Lament” é uma peça linda, mas não totalmente simples. Demorei um tempo para realmente entender. De onde você tira as ideias e a inspiração para esses tipos de “Mörder-Stücke” peças impactantes?
Tilo: Não sei dizer exatamente. Começo com uma melodia no piano ou violão e então começo a ouvir o resto da música dentro de mim, quase como se estivesse assistindo a um filme, tudo está acontecendo dentro de mim e muitas vezes os primeiros minutos de uma música já estão arranjados nos mínimos detalhes, enquanto o resto ainda nem existe.
S.R: Em “Ein Sturm zieht auf” encontro muitas oscilações emocionais. Você concorda com isso? E sobre a frase “Por favor, eclipse esta escuridão”, o que é ou a quem ela é dirigida?
Tilo: Este título é realmente uma montanha-russa musical de emoções, com a qual eu queria expressar esse poder sobre-humano da natureza que nos cerca e o poder da natureza dentro de nós. E a escuridão é esse ponto escuro, essa preocupação, esse medo que temos do mundo e de nós mesmos.
S.R: “Ein langen Weg” segue um caminho musical incomum. Pelo menos o começo lembra mais uma trilha sonora de faroeste com um toque de neofolk. Para mim, uma ótima mistura de bandas como Spiritual Front e Rome. Qual é a razão disso?
Tilo: Não só gosto muito dessa mistura de western e folk, como também imagino um longo e difícil caminho para soar igual musicalmente. E o fato de a música se desenvolver em uma direção um pouco diferente no final, com o longo tema de guitarra, expressa como esse caminho leva o protagonista a um ambiente diferente, a uma percepção diferente.
S.R: Eu nem percebi essa mudança de direção. Mas é uma explicação muito interessante e plausível. Você é esse protagonista?
Tilo: Sim, sou eu!
S.R: “Du bist alles was ich will” é uma homenagem a uma pessoa específica?
Tilo: Digamos que é um sentimento, um poder que pode tomar conta de nós e nos levar a esferas inimagináveis. O desejo é um sentimento fantástico!
S.R: Gosto desse som lento, quase fatalista.
Tilo: Obrigado! Essa música é um dos meus destaques pessoais do álbum. Mal posso esperar para tocá-la ao vivo!
S.R: “Avalon” soa como um acerto de contas com o presente?
Tilo: Isso mesmo, escapar de um mundo que não vale mais a pena amar ou viver. O poder da magia, o poder da fé, o poder da nossa própria vontade são colocados aqui no centro, assim como a consciência de que somos mestres de nós mesmos.
S.R: Em “Geliebtes Monster” você está enterrando um demônio interior?
Tilo: Na verdade, é sobre uma pessoa específica.
S.R: Você gostaria de se aprofundar mais nisso?
Tilo: Não.
S.R: “Dark Is This Night” é a única música que apresenta apenas a voz de Anne. Suas partes vocais não se encaixam aqui ou há outra explicação?
Tilo: Como ela mesma escreveu o texto e ele é muito pessoal, uma segunda voz ou outro cantor não caberia. É por isso que eu só toco violão aqui.
S.R: Em “Punk & Pommerol” você se expressa de uma forma muito crítica sobre a história contemporânea e a humanidade. A música aqui também é bem punk. Uma homenagem à sua juventude? E devemos acrescentar a observação de que, infelizmente, não mudou muita coisa na história da humanidade?
Tilo: Exatamente! Quando olho revistas ou notícias antigas, nada mudou. Guerras e crises por todo lado e alarmismo em todos os canais. É frustrante como a humanidade anda em círculos. Os brinquedos mudam, novas tecnologias aparecem, mas a substância do produto não muda.
S.R: Musicalmente, “In einem anderen Leben” me lembra um pouco uma canção que poderia ter saído dos anos oitenta. Coincidência ou intenção?
Tilo: Intenção absoluta. Que bom que isso é audível! Eu adoro a música dos anos oitenta e a maneira como a vivi, parece outra vida. Na verdade, já vivi tantas vidas que acho linda essa esperança romântica de nos encontrarmos novamente em outra vida.
S.R: O novo trabalho termina com ‘Memory’. Para mim, a música soa como uma despedida. Espero que seja apenas em sentido simbólico para a trilogia e não para Lacrimosa? No final, ouvem-se os versos conhecidos de “Ein Sturm Zieh auf”, terminando em aplausos. Do que se trata tudo isso?
Tilo: Não tenho planos de deixar Lacrimosa. Mas esta é, na verdade, a despedida notável desta trilogia, embora seja também a entrada nesta trilogia, porque “Memoria” termina com o acorde final, que é abafado pelos aplausos, com o “Wenn unsere Helden sterben” e assim começa o álbum “Testimonium”, que também começa com aplausos, porque depois disso fica em silêncio, porque os heróis morreram e desapareceram do palco.
S.R: Atualmente, não vi nenhuma informação sobre uma turnê europeia do novo álbum. Há algo planejado? Principalmente porque o novo aniversário da banda ainda está se aproximando.
Tilo: Sim, quando retornarmos do exterior no verão, haverá uma turnê pela Europa no outono.
S.R: Quando você olha para trás, depois de 35 anos de Lacrimosa: Você se assusta com a rapidez com que o tempo passou? (Para mim, pessoalmente, sim.) Olhando para trás, há algo que você deveria ter feito diferente?
Tilo: Ah, não é medo, mas quando olho para trás, sou tomado por sentimentos de gratidão, alegria e também tristeza. Mas não há nada que eu gostaria de ter feito completamente diferente. Claro que nem todas as decisões, seja na vida ou na música, foram as melhores, mas no final é o que é e eu gosto do jeito que é.
S.R: Há algum novo plano ou ideia musical?
Tilo: Não especificamente, ainda estou completamente absorvido neste álbum, tanto mental quanto emocionalmente, e tenho certeza de que permanecerá assim por algum tempo.
S.R: Uma última pergunta. Você me disse uma vez em uma conversa anterior que também toca órgão de igreja. Você também consegue imaginar tocar suas músicas em um órgão ou arranjá-las para serem tocadas no órgão? (Isso me ocorreu recentemente quando um organista da igreja da nossa aldeia tocou músicas de vários músicos. As músicas de Lacrimosa soariam muito bem em um órgão.)
Tilo: Ótima ideia! Esse seria um tópico para a vida após a morte que mencionei anteriormente. Se eu tiver muito tempo e não tiver vontade de compor novas músicas, então definitivamente posso me imaginar fazendo arranjos para o órgão da igreja.
S.R: Oferecemos a você um dos órgãos de igreja mais antigos de Sachsen (Saxônia). Então espero poder estimular sua ambição com isso?
Tilo: Não no momento. Como frequento a igreja, ouço música de órgão duas vezes por semana. E realmente existem melhores que eu!
S.R: Tilo, muito obrigado pelas suas respostas e pelo tempo que você dedicou. Há mais alguma coisa que você gostaria de compartilhar com nossos leitores?
Tilo: Se estou com o Lacrimosa há 35 anos, é somente porque há pessoas ouvindo minha música há 35 anos. Obrigado por isso!
S.R: Desejo a você uma ótima turnê no exterior e espero vê-lo em um show aqui na Alemanha.
Tilo: Obrigado, sim, espero que sim!
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