2008 – Tilo & Anne – Sobre Lichtgestalt – Por Mad (Morbid Angel Dyana)

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      Por Mad (Morbid Angel Dyana), 2008.
      Tradução: Felipe R.R. Porto

      MAD: É a primeira vez que temos a oportunidade de conversar com você, então gostaria de perguntar como está a composição, o processo de criação no Lacrimosa?

      Tilo: Tudo bem, na verdade porque é nossa vida criar música e porque esse é o único momento em que você pode realmente se abrir cem por cento e colocar seus sentimentos no que faz. Portanto estamos muito entusiasmados por um lado por estarmos agora em estúdio para trabalhar num novo álbum; por outro lado por termos sempre shows e interagirmos com uma multidão de fã. Então isso é como se não estivéssemos tão longe de tudo, você está no meio de onde isso realmente acontece. Isso é muito bom.

      Anne: Voltar para a montanha e escrever letras e começar a trabalhar no estúdio novamente – isso é muito divertido. Assim temos sempre uma nova inspiração e a sensação original de que a música está sempre voltando quando não perdemos o contato com o público.

      MAD: São apenas vocês dois; como vocês encontram músicos para os shows?

      Tilo: Bem, sempre depende. Primeiro, encontrar alguém com que se dê muito bem, porque especialmente quando você está em turnê e está dia e noite junto com essas pessoas, elas têm que ser pessoas de quem você gosta. Em segundo lugar, eles têm que ser pessoas musicalmente abertas. Porque o Lacrimosa é muito variado; temos músicas muito pesadas e músicas muito emocionais, então eles têm de ser músicos que consigam entender e tocar tudo, daqui até ali. É assim que tentamos reunir todos os nossos músicos.

      MAD: O que é preciso para se ter um show bom ou muito bom?

      Tilo: Eu acredito que seja…
      Anne: … a interação entre o público e a banda.
      Tilo: Sim, deve haver alguma energia vinda do público para abrir o coração dos músicos. E quando eles conseguem se abrir, então isso se torna mais ou menos o que você disse – algum tipo de interação. Problemas? Eu já vi shows onde o público estava realmente interessado na banda e a banda estava apenas tocando suas músicas e era completamente chato e depois de um tempo o público também ficou entediado. O contrário também não funciona, quando a banda no palco está realmente interessada e quer dar alguma coisa, e o público fica parado ali – isso também não funciona. Então tem que ser uma interação.

      MAD: No Lichtgestalt você trabalhou com a Orquestra Sinfônica de Londres – como foi e você o fará novamente?

      Tilo: É sempre muito interessante trabalhar com pessoas de um mundo totalmente diferente, porque, é claro, elas não conhecem esse tipo de música que você faz; foi O.K. para nós, porque o gerente da Orquestra Sinfônica de Londres nos disse que alguns músicos são fãs do Lacrimosa, então é uma honra para eles tocarem conosco, mas ainda assim eles estão trabalhando de uma forma totalmente diferente. Juntar isso é muito interessante, claro. É absolutamente um desafio, às vezes funciona e às vezes não, mas sobretudo ficamos muito felizes com o resultado e poderíamos fazê-lo novamente.

      MAD: Do metal ao sinfônico e vice-versa, você ainda considera o Lacrimosa uma banda de metal?

      Tilo: Temos muitas influências do metal, claro, mas não sei… Não pensamos nesses sons; às vezes fazemos sons que não têm nada a ver com metal e às vezes fazemos sons que influenciaram muito toda a cena metal. Eu não nos consideraria apenas uma banda de metal, mas é claro que o metal é uma das maiores influências na nossa música.

      MAD: Me fale um pouco sobre o DVD Lichtjahre.

      Tilo: Bem, isso era um sonho que eu tinha que realizar – um filme sobre o Lacrimosa em turnê e estivemos nos filmando por um ano e meio pela América Latina, por toda a Europa e Ásia. Assim o público pode ver não só a banda no palco, mas também o que acontece antes da banda subir ao palco, o que acontece depois quando eles estão em uma festa, o que acontece quando eles têm problemas entre si e qualquer outra coisa.
      Anne: E ver quão diferentes são os fãs em países diferentes, pois as pessoas não sabem disso.

      MAD: Sobre sua influência na cena metal, você pode me dizer se ouviu algumas bandas que você influenciou e gostou?

      Tilo: Bem, na verdade existem muitos. Que gostamos? Dreams of Sanity, Lacuna Coil, Therion de alguma forma… Bem, há tantas bandas nos dizendo que não tocariam dessa maneira se não estivessem ouvindo nossa música. Então é sempre difícil dizer se isso agora é uma influência ou se é apenas porque eles são fãs de música. É claro que muitas bandas pegaram algumas ideias do Lacrimosa e as desenvolveram ainda mais e isso também é muito interessante, eu acho. Não para nos copiar, mas para desenvolver isso ainda mais.

      MAD: Anne, como é ser uma garota no mundo do metal?

      Anne: É incrível. Há muita atenção. Há apenas homens ao redor, não poderia ser melhor.

      MAD: O que a cultura Gótica significa pra vocês dois?

      Tilo: É uma influência muito forte, embora não tenhamos tanto em comum com o desenvolvimento da cultura gótica hoje em dia. Nós dois somos fãs de bandas góticas antigas, como o antigo Powerhouse e o estilo de vida daquela época, mas não tanto como se desenvolveu hoje em dia, e esse tipo de coisa que agora é entendida como gótica não tem nada a ver com o que somos. Então a influência era grande, mas agora diminuiu um pouco.

      MAD: Uma última pergunta: ano passado foi o ano de Mozart – o que isso significou pra você?

      Tilo: Bem, para mim todo ano é ano de Mozart, então não fez diferença para mim.

      MAD: Muito obrigado.

      Anne: Obrigado.
      Tilo: Obrigado.

      MAD: Tenham um bom tempo esta noite e divirtam-se.

      Interview: Lacrimosa

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