2018 – Tilo – PeekaBoo/ Xavier Kruth

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      Data: 05/03/2018
      Tradução: Karina Pinotti / Revisado por: Andreza Cassolatto
      Fonte: PeekaBoo por Xavier Kruth

      Infelizmente, mais uma vez não foi possível marcar um show do “Testimonium” na Bélgica, mas estou ansioso para voltar de novo, porque os belgas são um de nossos melhores públicos!

      LACRIMOSA
      Quando eu fiz o “Testimonium” eu estava meio em transe.

      Em 2017, o Lacrimosa lançou “Testimonium”, um álbum que combina absoluta escuridão com absoluta beleza. Nós tivemos uma conversa bacana com o mestre Tilo Wolff sobre o presente e o passado de seu projeto.

      – Nós ficamos absolutamente perplexos com o novo álbum, “Testimonium”. Ele é dark e lindo.
      Você anunciou o CD como uma homenagem aos artistas que perdemos em 2016. De fato, a faixa de abertura “Wenn unsere Helden sterben” contém referências a David Bowie, Prince e até a George Michael… em que sentido suas mortes te inspiraram  a fazer este CD?

      • TW – Sabe, eu cresci com Prince e, mais tarde, quando eu entrei em contato com a música alternativa, eu descobri o trabalho do David bowie dos anos 70. Então, estes dois músicos fizeram eu me apaixonar por música e ambos moldaram meu jeito de ouvir e entender a música por muitos anos. Agora que eles de repente morreram com meses de diferença um do outro, assim como a morte de tantos outros grandes artistas que eu respeitei muito no mesmo ano, uma parte da minha infância e juventude morreram também. Isso foi uma perda e uma dor que precisaram ser expressadas – é claro – na música. E o “Testimonium” é o resultado disso!

      – Este álbum oferece uma sonoridade muito consolidada do Lacrimosa, que é similar ao “Hoffnung”, o álbum anterior. O Lacrimosa é conhecido por evoluir em sua sonoridade a cada novo lançamento. Você ainda tenta mudar sua sonoridade? E se sim, que elementos você trouxe para o “Testimonium”?

      • TW – Neste álbum eu estava mais concentrado nas composições propriamente ditas. Quando eu fiz este álbum eu estava meio em transe. eu não conseguia pensar em nada mais a não ser na música, o que estava me satisfazendo e me assombrando ao mesmo tempo. “Testimonium” é, provavelmente, meu álbum mais subconsciente.

      – Obviamente, a evolução na sonoridade estava no “Revolution”, que eu ainda adoro muito. nele você tentou coisas que não tinham sido ouvidas no mundo do Lacrimosa. Como você vê este álbum?

      • TW – Sim, depois de “Sehnsucht”, que foi o primeiro álbum depois de uma pequena pausa na qual eu estava ocupado  com outra banda, eu queria atingir uma nova sonoridade, como eu fiz em 1995 e de novo em 1997, com “Inferno” e “Stille”. mas desta vez era para ser um som que levasse o Lacrimosa por muitos anos e álbuns, porque depois de todos estes anos eu queria atingir uma certa constância. O motivo era simples: quando eu ouvi o Black Álbum, do Metallica, eu queria fazer mais álbuns daquele tipo de coisa. Mas não á nada mais como aquilo. Os álbuns anteriores e posteriores são, em sua maioria, muito legais, mas são muito diferentes. Então, depois de fazer muitos álbuns, agora eu quero combinar minhas coisas preferidas no Lacrimosa e eu quero ficar com elas por um tempo.

      – Podemos olhar para os marcos importantes? “Elodia” – lançado em 1999 – é um favorito entre os fãs e contém a sonoridade mais orquestral para a época. Se estou bem informado, foi uma época bem difícil para você. Quais as lembranças que você tem de compor o “Elodia”?

      • TW – Sim, foi uma época difícil. Por um lado, pessoalmente, eu não estava na minha melhor forma, pelo menos num certo período de tempo enquanto trabalhava no álbum. Por outro lado, a produção estava um inferno! Se tornou cara demais, em parte devido à associação sindical da orquestra, que eu não conseguia mais pagar minhas contas e em um momento, durante a produção, eu não conseguia pagar mais nem o estúdio e nem os músicos. O projeto inteiro quase desmoronou, enquanto eu estava quase falido.

      – De volta ao novo álbum, você lançou um clipe lindo de “Nach der Stum”. Muitos artistas pensam que clipes são importantes para promover o álbum. O que você pensa disso? Haverá novos clipes do “Testimonium”?

      • TW – Sim, nossos amigos fizeram um clipe muito artístico da faixa-título “Testimonium”, dos dez minutos de música, que será visto no nosso canal no YouTube. Este clipe é bem intenso, mas, claro, não promocional. Depois de tudo, eu mesmo não gosto de ver clipes quando vejo que são feitos somente para promover. Eu quero me entreter e que minhas emoções sejam impulsionadas, mas fazer clipes são sempre um desafio, de várias formas.

      – Nos últimos anos você trabalhou com muitos outros artistas. Nós notamos a colaboração muito bem sucedida com o Mono Inc. no hit “Children of the dark”, mas também com o Tk Kim, que, acidentalmente, viu você trabalhando com Philippe Alioth, um antigo guitarrista do Lacrimosa. Como foram estas experiências para você?

      • TW – Foram ótimas! Eu amo trabalhar com artistas bons e inspiradores, porque o resultado é sempre algo que ninguém poderia ter feito sozinho. Trabalhar com colegas da sua própria história e passado é especialmente interessante. Descobrir como eles se desenvolveram e o que acontece se nos reunirmos de novo. Se a química ainda funciona, se vocês conseguem inspirar uns aos outros. Sabe, estamos todos vivendo no nosso próprio universo, com nossas próprias fantasias e com nossa própria visão de mundo. Agora, considerando isso, é muito bonito quando pessoas começam a trabalharem juntas, compartilhando com os outros o que tem de mais íntimo através da arte. É como uma viagem através de mundos desconhecidos e ainda recebendo um souvenir!

      – Em 2016 veio o lançamento do tão esperado novo álbum do Snakeskin – “Tunes for my Santiméa”. Esse é muito diferente dos dois álbuns anteriores do Snakeskin. Nós também temos o sentimento que você queria alcançar a cena Dance com músicas como ‘Alive’ e ‘Take me Now’. Você pode nos dizer mais sobre seus objetivos para esse CD?

      • TW – Eu sou um grande fã do Festival Eurovisão da Canção e essas músicas são um pouco inspiradas nas músicas que eu ouço lá. Por outro lado, eu sinto como se esse álbum fosse muito próximo ao Lacrimosa, se você pensar na faixa título ou canções como  ‘Le seul vrai’. Mas, afinal, entre esse álbum e o anterior tem dez anos e isso é, provavelmente, a maior razão para esse desenvolvimento. É exatamente como você comparar ‘Angst” de 1991 com “Fassade” de 2001.

      – Finalmente, em 2016 houve o primeiro show do Lacrimosa depois de muitos anos na Bélgica. Foi um grande sucesso e você até editou um vídeo de “Die unbekannte Farbe” deste show. Você estava feliz com esse show?  Nós teremos um show na Bélgica para a turnê do Testimonium?

      • TW – Infelizmente, mais uma vez não foi possível marcar um show do “Testimonium” na Bélgica, mas estou ansioso para voltar de novo, porque os belgas são um de nossos melhores públicos!

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